Sabia que...
Um estudo concluiu que 66% das crianças entre os 3 e os 5 anos de idade conseguia usar jogos de computador, 47% sabia como utilizar um smartphone, mas apenas 14% era capaz de atar os cordões dos sapatos sozinha?.
Se o excesso desta utilização é prejudicial a qualquer pessoa, a crianças e adolescentes os efeitos podem ser ainda mais nocivos, por isso, este é um tema que levanta muitas questões sobretudo à consequência desta apresentação tão prematura. É necessária a atenção, dos pais e responsáveis, para os limites e cuidados na hora de usar as tecnologias.
O uso excessivo das tecnologias é um tema que afeta a maioria da população, sendo cada vez mais frequente a exposição de aparelhos como computadores, tablets e smartphones a crianças muito novas. Perante a situação atual de pandemia, o sedentarismo, o próprio ensino escolar e a escassa disponibilidade dos pais levaram a que a maioria das crianças não respeitassem o “tempo permitido” em frente aos ecrãs, alimentando assim a dependência face às tecnologias.
Se o excesso desta utilização é prejudicial a qualquer pessoa, a crianças e adolescentes os efeitos podem ser ainda mais nocivos, por isso, este é um tema que levanta muitas questões sobretudo à consequência desta apresentação tão prematura. É necessária a atenção, dos pais e responsáveis, para os limites e cuidados na hora de usar as tecnologias.
Afinal, como se faz a introdução saudável das tecnologias na vida da criança? Quando é cedo demais?
Entre os dois e os três anos de idade deverão interagir estritamente com aplicações educativas, e por menos de 20 minutos diários. Crianças maiores, até aos 12 anos, poderão utilizar mais recursos e programas, mas nunca por mais de duas horas por dia.
Assim, as seguintes recomendações para a exposição das crianças a todo tipo de media são:
- 2 anos: apenas depois dos 2 anos de idade as crianças comecem a ter contacto com aparelhos tecnológicos;
- 5 anos: até aos 5 anos, as crianças só deveriam utilizar no máximo 1 hora;
- 6 a 12 anos: nestas idades o tempo aumenta para 2 horas;
- 13 anos: a partir dos 13 anos o tempo pode aumentar para 3 horas.
Mesmo estes limites não garantem um relacionamento totalmente saudável entre crianças e tecnologias. É preciso haver uma rotina estabelecida onde os limites estejam bem esclarecidos para a criança, assim como a articulação do uso das tecnologias com outras atividades e momentos que envolvam a família e amigos, deixando as tecnologias de parte.
É importante ainda terem a consciência de que não devem estimular as crianças antes do tempo a utilizarem os equipamentos. O ideal é deixar que elas mesmas demonstrem interesse e só depois os pais possam mostrar-lhes como usar os aparelhos de forma correta.
Manter o diálogo e investir em atividades familiares são estratégias para ajudar a que as crianças não se tornem dependentes da tecnologia. E assim substituem ou intercalem os jogos de computador/tablet/playstation por jogos tradicionais, desporto, atividades culturais ou simplesmente por uma conversa em família.
No momento de utilização das tecnologias e da internet, a segurança é um dos aspetos mais importantes, por isso, precisamos estar atentos a esta questão. Para diminuir os riscos é importante orientar as crianças a usar de forma adequada as tecnologias e a internet, como por exemplo:
As crianças:
- Não falarem com desconhecidos;
- Evitar conversas nos chats;
- Não divulgar dados pessoais;
- Não partilhar fotografias.
Os pais:
- Instalar ferramentas de monitorização;
- Bloqueio de alguns conteúdos da internet;
- Manter os equipamentos numa área comum da casa com o ecrã sempre visível;
- Limitar o tempo de utilização;
- Controlar as aplicações instaladas;
- Estimular o seu filho a navegar em sites seguros e divertidos para a sua idade.
Mas o mais importante é manter o diálogo com a criança, mostrando-se disposto a esclarecer todas as dúvidas e explicar os motivos pelos quais é preciso usar com cautela as novas tecnologias.
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