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Importância do Bem-estar e Autocuidado Parental


Primeiramente é importante definirmos o que é bem-estar, e este pode ser definido como um estado em que nos sentimos bem connosco próprios, com os outros e com tudo o que nos rodeia.


Quando experienciamos bem-estar, sentimo-nos bem psicologicamente e fisicamente. É de frisar que a sua definição diverge de pessoa para pessoa e depende também dos diferentes momentos e fases da nossa vida. Dessa forma, é natural passarmos por períodos em que ele é desafiado. Já o autocuidado, engloba todas as atividades que, podem contribuir para manter, estimular ou melhorar o nosso bem estar. No fundo, o autocuidado é uma forma de recarregar as nossas baterias emocionais: de encher as nossas reservas internas.


A parentalidade, segundo as evidências científicas, pode ser, nos dias de hoje, mais stressante do que era há décadas atrás, sendo uma jornada marcada por diversos desafios complexos que interferem em todas as esferas da nossa vida. Estes desafios da Parentalidade podem ser agravados pela falta de tempo, pelo contexto profissional e pela enorme pressão social e opiniões para a utopia da parentalidade perfeita.


Por isso, é maior a necessidade e torna-se essencial prevenir a exaustão parental e investir no autocuidado e posterior bem estar. Sem autocuidado, a falta de paciência, sentimento de exaustão e de stress, e a sobrecarga emocional tenderão a tomar conta de nós e ficaremos enfraquecidos e com menos capacidades de dar o nosso melhor nas relações com as nossas crianças. Por conseguinte, o autocuidado é bom para pais, mães e cuidadores, tal como o é para os filhos, pois quando os cuidadores investem no seu bem-estar, sentem-se renovados e energizados para lidar com os desafios normais da parentalidade.


Dessa forma, partilho algumas dicas de estratégias de autocuidado para melhorar o seu bem-estar:

  1. Perceba como estão as diferentes esferas da sua vida: física, mental, espiritual, emocional e social. E escolha atividades que lhe possam fazer sentir bem e dar prazer (as atividades irão variar de pessoa para pessoa). Partilho um exemplo pelas diferentes dimensões que referi: - Autocuidado físico: fazer exercício físico - Autocuidado mental: ouvir músicas relaxantes - Autocuidado espiritual: encontrar o seu propósito de vida - Autocuidado emocional: escrever um diário - Autocuidado social: ligar ou mandar mensagem a um amigo ou familiar que não fala há muito tempo

  2. Fazer uma lista de atividades que o fazem sentir relaxado e feliz. Reservar um momento do seu dia, todos os dias para se dedicar a essa atividade;

  3. Investir nas relações positivas com familiares e amigos, nas quais se sinta valorizado, aceite e apoiado;

  4. Fale sobre como se sente, pois esta partilha pode contribuir para diminuir o stress e se sentir menos ansioso;

  5. Comprometa-se com um Equilíbrio entre a Vida Pessoal e Pro­fissional;

  6. Faça escolhas saudáveis como: alimentação saudável, exercício físico regular e bons hábitos de sono;

  7. Por fim, leia informação fidedigna e a OPP (Ordem dos Psicólogos Portugueses) tem disponível na plataforma EUSINTO.ME conteúdo e material que poderá ajudar numa vivência saudável da Parentalidade e de promoção do bem estar e de saúde psicológica;

  8. Caso os seus sentimentos de inquietação e ansiedade tornem-se excessivos e persistentes, e se sentir completamente sobrecarregado ou incapaz, chegando isso a condicionar o seu dia-a-dia, procure ajuda de um psicólogo.

Recorde-se sempre que reservar tempo para cuidar de si não é ser egoísta, mas essencial para que se sinta melhor, para que esteja capaz de cuidar/ajudar os seus filhos e para que lhe permita manter uma relação saudável consigo próprio e com os outros.



// Artigo escrito por Ana Rita Marinho, Psicóloga no Centro Clínico ADCA

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