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Mindfulness - O poder da atenção plena


Apesar de se tornar uma tendência só recentemente, o mindfulness já é uma técnica antiga, aliás, mais do que uma técnica de meditação, é uma filosofia de vida baseada no que se entende por viver “no aqui e agora”. A prática constante permite-nos focar a atenção no que realmente importa, libertando-nos de situações que nos bloqueiam e distraem.


A maior parte de nós dificilmente está plenamente consciente do que está a fazer no momento. Vivemos e realizamos muitas das ações do nosso dia de forma automática- o chamado modo piloto automático- em que mente não está no mesmo “lugar” que o corpo.


Esta faceta da mente tem naturalmente utilidade, permitindo-nos automatizar comportamentos do dia a dia sem grande esforço mental. É o que nos permite por exemplo apertar os sapatos sem pensar, ou alterar a velocidade ou até mesmo conduzir. O problema é que esta capacidade pode levar-nos a fazer coisas automaticamente sem termos consciência clara do que estamos a fazer. Como se estivéssemos adormecidos, sem uma ligação de qualidade ao que nos rodeia, ou perdidos em preocupações sem sermos capazes de sair delas.


Num estado de piloto automático considera-se assim, que a nossa atenção esta fusionada com os pensamentos, vivendo os pensamentos como realidade. O mindfulness ajuda-nos a sair deste estado e a (des)fusinar a atenção dos pensamentos, passando a vê-los apenas como pensamentos, produtos da mente e não da realidade.


A atenção plena, pelo contrário, é ligarmo-nos a tudo o que acontece momento a momento, observando e reconhecendo o fluxo da experiência. Torna-nos mais capazes de observar os nossos padrões de pensamento e as nossas emoções.


Desligar o piloto automático é, na realidade, um acordar. Esse acordar, essa tomada de consciência do nosso mundo interno, constitui-se como um desafio de crescimento individual gratificante.


Não somos aquilo que nos acontece, somos aquilo que fazemos com o que nos acontece. É o modo como nos relacionamos com a as nossas emoções e pensamentos que faz a diferença!


Não podemos parar as ondas, mas podemos aprender a surfar”

(Jon Kabat-Zinn)




// Artigo escrito por Sílvia Oliveira (Psicóloga)

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